terça-feira, 6 de setembro de 2011

Patética


Resulto de vinte e cinco anos de um sonho real e fantasioso, sou a filha pródiga que já voltou, sou promessa que ninguém faz, sou cinderela com sapatos de salto quinze, sou bela acordada pra ilusórios, contradigo o que encanta. Tenho gosto de amor sem juízo... Mas, sou apaixonada pelo segredo que a declaração não estraga.  Não sou passado, mas processo, não sou poeta da roça, mas falo em palavras simples, sou momento que mais fere que cicatriza, sou quase um ser insignificante, mas um ser crente de suas incapacidades e possibilidades. Sei que sou bela porque aprendi a me enxergar além dos óculos, sei que tenho alma. Alma que ama pessoas pequenas, mas que se fazem eternas como você, em resumo, tudo se torna pouco ou nada, mas também sei viver sem medir, sem quantificar a importância que um “sigo” traz, falo de agora que me farão futuro, por que quero que seja assim. Se amanhã eu ficar cega ou muda, ainda assim, não perderei a capacidade de sentir o quanto amar me encanta. Estou sem saída ficando assim, cada vez mais apaixonada por essa idéia de viver intensamente, porque o presente me faz bodas de pratas para um futuro que já me prova que não será só promessa... Só não me imaginem além  disso, senão, serei decepção.  

Fátima oliveira

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