quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Frisson!



Uma poesia muda, que não ousa alterar o limite da dúvida pra não se perder em desencantos, barco que flutua em ondas leves de um mar raso, sem destino, mas que beira a ilha. Um prazer em certezas que se limitam nas covardias necessárias, pois, mesmo sem destino, já é bom: a brisa salgada, o porto seguro, que, 
por isso não é o mais almejado, os sonhos sugestivos sem ilusões é doce que também vicia. Quanto custa um sonho dividido, Um pecado confessado? Por onde estão as veredas nunca trilhadas? Quanto dói um sentimento declarado? Porque temos que pagar pela gratuidade? O prazer seria um mendigo ou príncipe?


      fátima oliveira                                                                                                             fevereiro 2011