Ando a transpirar inspirações
Afogo-me na poesia nossa de cada dia, Falta-me o ar essa falta da expressão certa que definiria essa fome poética. Fico em êxtase com tanto feito que me causa esse doce moreno chamado presente, esse tal sinuoso e atraente chamado hoje. Fico apática com a dor, ela já não tem poder sobre mim, sou eu quem ordena e a faço baixar o véu e cobrir os olhos para minhas razões... Só tenho razão de ser doce, mel que dar consistência ao sabor áspero à vida humana. Sendo sabor haverei de te dar sentidos... Estou querendo ser eu mesma sem “os moinhos de ventos” para guerrear, mas com as fantasias que movem o mundo, não me vale abrir os olhos se for pra enxergar o que não vem ser poesia, ilusão, mesmo que amarga saberei adoçá-la! Não me assuste oh negro lindo com tantos encantos, não darei conta de me desencantar e terei que me acostumar a você, sou refém de seus dotes de sedução meu tão ingênuo futuro, serei digna de que ameis as tais esperas que lhe perseguem? Oh estranha dúvida porque se fazes tão necessária que já não sei viver sem teus bons dias? Em meu corpo está a certeza de uma solidão acompanhada por razões de amores afagados em dúvidas. Estou amante, me prostituindo gratuitamente à poesia que faz arder o estômago e apetece a cede do coração.
fátima oliveira julho 2011