terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Mesmo repertório!


Ontem te falei de eternidade e você sorriu por pensar que eterno é o que sempre dura...
Eu chorei, pois o eterno é o que sempre acaba!
Eternidades são memórias.
A vida é um reboliço que não se repete, nem continua.
Multa-se, se adéqua se refaz...
E o choro foi por não conter a emoção de aquele instante ser único.
Hoje somos outros, conseqüências das nossas promessas.
A saudade é uma dependência que nos prende nas memórias sem nos roubar as possibilidades.
Tenho-te como um minuto que passa sem ser notado, mas que dele são feitas as horas...
Perco-te como em uma noite de sono profundo que me possibilita viver bem o dia seguinte...
Eis meu sem que sejas, que é pra eu não acreditar no pra sempre sem graça e sem sedução e, continuarias sendo ainda que não fosse...
Pois ainda que o réveillon aconteça, jamais será apagada a eternidade e intensidade do ano que passou.
O amor acontece sem peregrinação, sem medo, mas com o cuidado de ser percebido.
   
fátima oliveira