segunda-feira, 1 de novembro de 2010

E VIRCE E VERSA!!

Perguntam-se os poetas, e se pergunta aos poetas; e quando tudo parecer feliz, e, quando a benção dos resultados se manifestarem, acabariam os textos e/ou, pelo menos, mudariam os contextos, as características de suas inspirações? Mais os próprios não respondem certas perguntas, por isso, a continuidade. Me pego por vezes a sentir tanta felicidade que me faz querer em meio à radiante e sorridente realidade exaltar o quanto existir vale à pena, foram várias as vezes que já provei em citações momentos assim e, foram raras, também, às vezes em que essa felicidade foi percebida, ou que eu a notei em algum “comentário”, porém não me importo com isso, porque todos os comentários que exaltaram a melancolia de um texto trazem por entrelinha uma felicidade que eu também, nem sempre tive a capacidade de perceber, porém tenho em contato mais direto a maioria dos meus leitores e a grande maioria são poetas que por traz de suas palavras e histórias de vida, conhecem como ninguém o sentido da felicidade, pois é com cada um que confirmo aos meus dias que só sabe ser feliz aquele que é sábio para reconhecer que até mesmo a alegria, (ou principalmente), tem seus limites, e que ser feliz é para quem sabe ser, por isso “a poesia nossa de cada dia”, retrata nada mais do que uma felicidade limitada, e não a idéia de uma extrema e desproporcional, essa é para quem é, e pretende ser “infeliz”. Nunca pararemos de escrever, porque não lamentamos e nem esperamos melhorias, já é bom! Mas se houver outra explicação pra transformar a vida em poesia eu não quero conhecer.

fátima oliveira                                                                                outubro de 2010.