terça-feira, 12 de abril de 2011

Divagando...



A prática diária de santidade cala a voz teórica de um silêncio que necessita de algo a mais que ser divino, de quem não consegue ser perfeito sem pecar, de quem não ver graça em não se manter correndo atrás, pedindo, carecendo de motivos para não se considerar acabado, de quem compreendeu que a vida acontece é na renovação dos arrependimentos e não na frustração, na impotência, e que para amar é necessário de motivos, que arrepender-se é oposto de culpar-se, e que essa acontece é da prisão no medo por não tentar. Porque são nos desejos vividos que se pode atribuir que desejos e prazeres são similares e paradoxais, pois é desejando que se conhece o prazer da vida e que o prazer é desejado também pela falta de desejos;  que momentos são virtuosos ou depravados para aqueles que ainda não os considera presentes que se alimenta de futuro ou sobrevive de passado, porque momentos são apenas a vida que acontece em um segundo e no outro é acabado ou vivido em tempo errado. Mas, ser humano é necessário para que a santidade signifique com a importância que lhe é merecível.

fátima oliveira                                                                                                                                                  março   2011