Lua no céu e um mar a refleti-la
Simplicidade que se faz contemplar
Humano incapaz, "sem alma", sem paz...
Não explicaríamos em palavras ou melodias...
Poesias emudecidas, como professar doces ilusões?
As tornaram caladas indignas, sem vez...
Insensibilidade não, senso de realidades constantes
Não é que não doa, a dor vem se apedrejando.
E os sonhos de Eloá, a infância de Isabela...?
Fomes e descasos que massacram infâncias na África.
Realidades cegas sem mídias, sem ênfase, sem crítica.
Quantos morrem sem homenagens, no esquecimento.
Não é com menosprezo, é com angustia, impotência...
Engasgada pelo sentimento de inutilidade...
Um choro que já não sai, sentimentos sufocados.
fátima oliveira abril de 2011
fátima oliveira abril de 2011