As palavras brincam de me despir
Em um mero sentir e elas se insinuam:
Zombam da minha timidez e me deixam nua;
Já brinquei de inventá-las e nada soube dizer:
Já elas me calam e se mostram;
Ocultam-me e me propagam com o maior prazer.
Até concordo com Marcelo silva,
O poeta que diz ser o silêncio seu melhor poema.
Mas ainda não aprendi controlá-las!
As palavras imperam minha mudez;
Rasgam os mistérios que não sei desvendar;
Os meus sentidos se tornaram cúmplices, sobre tudo o olhar!
Já não respiro sem ser poeta de “palavras simples”;
É assim que não me dou conta da dor.
Não dá pra ser poeta do silêncio sendo refém da palavra AMOR
fátima oliveira maio 2011