sábado, 24 de setembro de 2011

Gente, como dois mais dois são quatro!

 Visando o passado, tentado ser eu, me vi em partes remotas de alguém em recuperação. 
Recordações de dores finitas, caricatos que deixaram dores provenientes de sonhos eternos. 
Uma vida inválida para quem enxerga além das manhas encantadoras que “as verdades” proporcionam. 
Anormal, perambulo idéias e segredos que me fizeram insana à visão cientifica do mundo, ando a esmo em  fatos demasiados, sem buscar verdades, (já tenho a minha)...
Realizando os dias como quem escreve poesia, canta no chuveiro, embala uma criança ao sono. 
Escutando o silêncio é que  amo sem palavras. 
fátima oliveira   

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sereníssima.


Em passos de chuva fininha, 
Relutantes os segredos, 
Abreviaram os encantos, enobreceram-se as núpcias em verdades efêmeras, 
Eternas marcas transformaram-se em sol afogado em brisa. 
Há um choro querendo ser acalento, uma vida querendo ser sonho verdades que se abrem as dúvidas, mas que se mantém em bússola. 
A base de sussurros se alimenta o devaneio, 
Sem fazer questão de ser letra, sendo apenas sutilmente gestos de melodia suave que faz dançar na chuva. 
fátima oliveira  

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pra que títulos?

São as palavras querendo saltar do decote, olhares que norteiam fugas. Não daremos conta de sermos humanos, somos frágeis!
Parece infantil demais, porém, não entendo os errantes não defenderem seus erros, não entendo os medrosos disfarçarem suas covardias!
Os amantes não declararem o seu amor e os corajosos não amarem!São desejos sufocados no suspiro profundo de um sentir que dói, machuca e não ensina. São verdades inconfessáveis, que nunca existirá, pois, alguém a abortou no silêncio de uma dúvida não dividida. São sonhos estragados pelo medo de ser sonho apenas. E assim vai passando, enquanto sentados analisamos a melhor hora, a melhor pessoa, esquecendo um agora que tem cara feia. E na ilusão de perfeição aprisionamos a vida em um sepulcro de inverdades, como se alguém tivesse nos prometido que seria fácil.
fátima oliveira
  

domingo, 11 de setembro de 2011

Desvenda!


Chegando a hora da despedida. Tudo ficará para trás enquanto o tempo se fará dia presente.
Novas descobertas. A multidão acordada se tornará deserto e o deserto será apenas a pousada na beira da estrada. Enquanto a história não se resume em passagem a estrela sobrevive às trevas do medo superando encantos de egoísmos e unidade. Resgatando olhares, despertando poesias. Em busca de uma noite que não esteja invadida pela lua. E que o sol volte com imperialismo necessário para dá tempo
à reconstrução de seu brilho, pois a empolgação do dia seguinte nunca superou o da noite que passou. Sendo personagem de sonhos, causando pesadelos e inquietações, mas na noite, porque deverá o dia ofuscar o que só no escuro se consegue notar. 

fátima oliveira      

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Patética


Resulto de vinte e cinco anos de um sonho real e fantasioso, sou a filha pródiga que já voltou, sou promessa que ninguém faz, sou cinderela com sapatos de salto quinze, sou bela acordada pra ilusórios, contradigo o que encanta. Tenho gosto de amor sem juízo... Mas, sou apaixonada pelo segredo que a declaração não estraga.  Não sou passado, mas processo, não sou poeta da roça, mas falo em palavras simples, sou momento que mais fere que cicatriza, sou quase um ser insignificante, mas um ser crente de suas incapacidades e possibilidades. Sei que sou bela porque aprendi a me enxergar além dos óculos, sei que tenho alma. Alma que ama pessoas pequenas, mas que se fazem eternas como você, em resumo, tudo se torna pouco ou nada, mas também sei viver sem medir, sem quantificar a importância que um “sigo” traz, falo de agora que me farão futuro, por que quero que seja assim. Se amanhã eu ficar cega ou muda, ainda assim, não perderei a capacidade de sentir o quanto amar me encanta. Estou sem saída ficando assim, cada vez mais apaixonada por essa idéia de viver intensamente, porque o presente me faz bodas de pratas para um futuro que já me prova que não será só promessa... Só não me imaginem além  disso, senão, serei decepção.  

Fátima oliveira

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Relatos!

Não precisa que te preocupeis com que demonstra "a sociedade", com o que fazem "os outros", para que não te perca da tua própria vida, está passando algo ai (não ao teu lado) ai dentro de você, coisas que sua miragem no que é do outro não te deixa notar. Outro dia ouvi um relato que muito me fez pensar, uma aluna me contou que a vida dela era uma porcaria, porque tudo estava errado, havia perdido a mãe muito cedo e nunca havia visto o pai, que morava com uma madrinha que amava os filhos, e ela estava sempre em segundo plano, e juntava relatos passados com expectativa que ela havia criado de um futuro que, sinceramente, não acredito que lhe trouxesse a felicidade que ela tanto ansiava. Com treze anos de idade ela já acreditava ter encontrado aquele que seria “a solução” e que transformaria toda sua realidade. De imediato percebi que a aluna resumia sua vida em passado e em futuro, e  se referia ao presente sempre em uma mesma frase chorosa “tia, a minha vida é muito triste” isso me marcou, ficou aqui e já me fez refletir muito, sobre, como criamos em nossa cabeça um ideal de felicidade. Olhamos o passado como um período injusto e esquecemos-nos de perceber o quanto ele nos proporcionou amadurecimento, com essa visão, notamos o presente apenas como sobras de erros e culpas, sem notar o quanto há de bom, os motivos que hoje nos fariam ser  pessoas mais felizes se nos déssemos o direito de vivê-lo, e assim, conseqüentemente, criamos expectativas de um futuro idealizado, que nunca terá vez, senão tivermos a consciência de que ele nada mais é que um espelho que refletirá  o que somos agora... Não sou psicóloga, filósofa ou algo do tipo. Falo de mim de coisas que vivencio que me marcam e que me fazem pensar e rever até que ponto sou  e posso ser, vejo minha vida como a empresa em que eu sou a administradora, se eu não a cuido, certamente ela irá falir, não estou presa nessas empresa sei que os meus empreendimentos serão exportados e que por isso também sou responsável pelo que crio e promovo. Devo prestar conta não com os meus credores mais com um mestre que não me deu esse cargo por acaso, mas que acredita nas minhas potencialidades e que certamente por isso é generoso e isso me livra das culpas e me faz ver a vida com magia e encanto. Rezemos, para que o sentido seja notado e que assim, pessoas encontrem-se e percebam sua importância para “esse mundo”.  

fátima oliveira