Portas sem chaves
Olhar na fechadura
Corpos exibidos
Desejos expressos
Fugas...
Noites claras quentes como sol!
Eternidades...
Espalhadas e ardentes lamurias
Sufoco cúmplice...
Olhar morto
Grito mudo
Sussurros berreiros
Inexpressos...
Seqüestros, roubos, ameaças, latrocínios...
Dois desejos perdidos na tensão da vida.
Duas almas necessitando de rezas
Corpos condenados ao pecado, ao inferno...
Em uma curva o abismo vence, as pedras se quebram, o sangue jorra e as almas se despedem de mãos dadas, juram eternidades.
Ficou a vida, passou. De morte os espíritos se casam, se amam sem alianças de ouro...
O mundo que já foi grande para os sonhos, agora não serve mais para a vida
Pousarão seus momentos numa flor de rósea e ainda assim o conforto lhes incomodará, lhes bastará à estrada e a flor pra pousar...
fátima oliveira