quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tempo artesão!




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Portas sem chaves

Olhar na fechadura
Corpos exibidos
Desejos expressos
Fugas...
Noites claras quentes como sol!
Eternidades...
Espalhadas e ardentes lamurias
Sufoco cúmplice...
Olhar morto
Grito mudo
Sussurros berreiros
Inexpressos...
Seqüestros, roubos, ameaças, latrocínios...  

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Dois desejos perdidos na tensão da vida.
Duas almas necessitando de rezas
Corpos condenados ao pecado, ao inferno...
Em uma curva o abismo vence, as pedras se quebram, o sangue jorra e as almas se despedem de mãos dadas, juram eternidades.  
Ficou a vida, passou. De morte os espíritos se casam, se amam sem alianças de ouro...
O mundo que já foi grande para os sonhos, agora não serve mais para a vida
Pousarão seus momentos numa flor de rósea e ainda assim o conforto lhes incomodará, lhes bastará à estrada e a flor pra pousar...  

fátima oliveira