E ela lhe sorriu esforçando-se para mostrar os dentes, por que a alma estava repleta de sentidos estranhos... Era preciso repetir aquela prova, pois não permitia que ele soubesse que só, ela não estava bem... Os dentes apareciam e lentamente a boca desmanchava o sorriso forçado que torturava as feridas D`alma... Dele, apenas os olhares alimentados de solidão que o fizeram forte pra reconhecer um sorriso triste e forçado... Das pupilas Lhes saltam certezas de uma felicidade que nunca precisou ser plena apenas real... O agora mergulhado em ontem que já não tem vida... Ele a amou sem perceber que era ela a que é hoje... Ela não teve chance de amá-lo, pois antes lhe viu como ele jamais seria. Agora que são apresentados não se reconhecem, se encheram de generalidades e não se olham com veracidades, ficaram perdidos na idéia de fazer do outro melhor do que são, ou no medo de que o outro fosse pior do que já é... O amor não teve vez de ser amor... Antes, foi brutalmente ferido pela arrogância de quem se permite ser sábio e controlador (controla DOR), se esqueceram que AMOR É FERIDA QUE DÓI E NÃO SENTE (camões)... Sendo resto do que foram, eles aprendem amar com uma sabedoria que não precisa ser acreditada. Os sábios se consideram bobos inúteis só por isso as vantagens de seus erros acertados... Um futuro cheio de aprendizados são os presentes oferecidos aos coadjuvantes da nova versão que ainda será escrita... De maneira erronia um permitiu que o outro conseguisse amar, mesmo sem recíproca.
fátima oliveira