domingo, 20 de fevereiro de 2011

Decifra.



No mundo do absurdo tudo é perigoso sentir. 
O perigo sempre à espreita, carrasco, vigilante.
Um mundo de contrários, onde tudo que sentir terá de ser dominado ou domado.
Mesmo em uma terra de absurdos, sonhar sempre faz parte da realidade.
Afinal, real mesmo é aquilo que precisamos, e já descobri que sem sentimentos não há vida.
Ela é o que sinto, só ainda não descobri se sentiria sem ti, pois, foi depois que perdi os sentidos.
O absurdo e o contraditório me dominam e a realidade me comanda, e assim vivem os idiotas que se perdem nos sonhos e realizam as doces ilusões...
No doce  mundo dos sonhos toda realidade é perecível, 
cada anseio de momento parece uma eternidade, intocável é o sonho, modesto dentro de uma realidade possível. 
Cada medo é um assombro, 
medos contidos pelo simples desejo de preservar, 
preservação de uma doce ilusão, ilusões podem padecer, contrastada com a realidade.
Foi no percalço da minha esterilidade de sentidos que encontrei sabedoria e razões que me fizeram crer quão iluzionista era minha realidade, assim, me perdi na busca por separá-los... Já nem sei se existo ou se é sonho.


Jorge Muniz e                                                                                                                     fevereiro
Fátima Oliveira                                                                                                                    2011