O espírito às vezes ainda lamenta ao outro que o sacie, as lacunas continuam sempre que um vento forte trouxer o que não é sólido, é preferível que a areia escorra pelas mãos... As tardes de chuvas ainda nos farão afogarmo-nos em um copo de guaraná, e mesmo assim, haverá securas, desertos! Calaremos nossas dores em poesias, canto fúnebre, no silencioso brado por socorro, em um olhar que diz apenas fique ou venha? Cabe ao resistir declarar ou chorar, ha uma duvida que pode ser dividida através de um expor que nem sempre alivia, mas que liberta a prisão de ser só ou que prende na necessidade de partilha. São os vazios querendo ser parte de um ser que se descobre imperfeito pelo ato de não se permitir assim... Dando vez para o que falta, buscando ser completa. A sede continuará na medida em que a água falte, mas a estrada propõe a chegada a uma fonte, ainda assim a necessidade de uma mão será comparada a água que no fim não mais nos saciará, pois as sedes do agora precisam ser afogadas.
fátima oliveira