domingo, 13 de março de 2011

Conciso!



Na falta de inspirações, onde nem mesmo as folhas dos galhos se movem, como que sem ar, nem frio e  nem quente, nem poluição sonora e sem o canto de pássaros, sem nada, a não ser, uma esperança  que de repente pousa do lado, meio que eufórica, e, em um segundo estágnada,  sugerindo que o mundo pare e apenas ela viva e nesse instante todos os movimentos do universo sobrevivem em um único sentido, e  assim, a respiração não se contenta e se ofega, as lágrimas correspondem e novamente o universo  dá respostas e transforma a tal esperança em algo pequeno demais para liderar qual quer que fosse o segundo. Em um impulso a pobre é fisgada e se torna impotente depois de lhe quebrarem as patas, seu voo agora pouco é notado, já não lhe segue mais olhos aflitos, agora se tornaram superiores os olhares e com estes também os vazios. A magia dos significados se acabam quando a realidade cobra por resultados, um coração agora nada mais é que um cérebro racional. Uma esperança já não passa de algo limitado e sem motivos para  permanecer. No entanto, o universo conspira, e nele o pousar das esperanças ultrapassam as esperas.

fatima oliveira                                                                                                                                                                                março 2011

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