sexta-feira, 25 de março de 2011

Epifania!!



Ridículo saber que um dia escrevi cartas que nunca tive coragem de entregar, que já gostei mais não tive capacidade de revelar, que te dei "serenata de amor", crente que perceberias a frase que fala da vontade de te beijar...
 
Ridículo é sonhar acordada, imaginando cenas que me fazem princesa, musa, bela adormecida, obra de arte, e você a me contemplar,  delirantes ao sorrir sem disfarçar que sou a única a te fazer, parar, querer e amar...
 
Ridículo mais ainda, é deixar de falar, fingir não ver e passar, creditar ser notada sem nem mesmo olhar para confirmar, fazer coisas tolas que enlouquecem como soltar o cabelo, rebolar, pegar no nariz e ignorar....
 
Ridículo não é amar, mas querer disputar, escrever em versos a rimar, acreditando ser capaz de chamar a atenção e conquistar, fazer mistério para declarar, confessar-se amando ao abraçar, lamber os lábios para beijar e chorar ao terminar...

fatima oliveira                                                                                                                                                                                 março,  2011

sábado, 19 de março de 2011

Amor...



Uma certeza maior que a fé, não  permitiria entender o amor, cada vez mais a vida é justificada em abstrações: falar, escrever, pensar, querer, duvidar, sonhar... Ninguém jamais será capaz de afastar essa presença, de roubar essa certeza. A cada respiração um amor se revela. Sendo pessoa, com pessoas, sendo gente, humano, falho, imperfeito, sujeito, individuo, criatura. São esse que provam o quanto "morrer pode ser  ganho quando  si vive em cristo". Em uma felicidade que proporciona lágrimas, inquietudes, esperas, sobretudo, dúvidas. O fio que separa certezas e vazios é onde está o sentido de amar, viver e morrer. Presença é antes de mais nada pensamentos. Lembranças que rasgam proibições, que aproximam continentes. Rezas  emudecidas que propagam a concretude de "coisas" sem cheiros, cores, ou formas, mas que atribui reformas, colore, enfeita, desfaz, provoca... Um único "Ser" pode ser a chave de todos os mistérios do mundo de um outro alguém, mas ninguém é suficiente para ser só, único, separadamente singular, a ponto de preencher, satisfazer, contemplar... Em um ultimo minuto, em um ultimo respirar se me fosse dado o milagre do discurso eu certamente diria que nunca pesquise sobre o amor se não quiseres morreres  frustrado. 


fátima oliveira                                                                                                                                                                 março 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Reflexo!





Sem virtudes, sem calor, sem olhares, sem paixões, sem dor;
Sem crises, sem sofrimentos, sem dúvidas, sem mágoas, sem sentimentos...
Porém com desejos em gelos, com charmes  áridos, conquistas inférteis, beleza inútil, sabedoria inflável;    
Com sobras, planos e alicerces...
Com uma única forma de disfarces para explicar Certezas,  (silenciando dúvidas).
Transparência sombria ofuscada pelo brilho que reluz prazeres insanos e ãnsea febria.  
Induzida pelas  sobras dos sonhos, ilusões e amores...

fatima oliveira                                                                                                                                                                 março 2011

domingo, 13 de março de 2011

Conciso!



Na falta de inspirações, onde nem mesmo as folhas dos galhos se movem, como que sem ar, nem frio e  nem quente, nem poluição sonora e sem o canto de pássaros, sem nada, a não ser, uma esperança  que de repente pousa do lado, meio que eufórica, e, em um segundo estágnada,  sugerindo que o mundo pare e apenas ela viva e nesse instante todos os movimentos do universo sobrevivem em um único sentido, e  assim, a respiração não se contenta e se ofega, as lágrimas correspondem e novamente o universo  dá respostas e transforma a tal esperança em algo pequeno demais para liderar qual quer que fosse o segundo. Em um impulso a pobre é fisgada e se torna impotente depois de lhe quebrarem as patas, seu voo agora pouco é notado, já não lhe segue mais olhos aflitos, agora se tornaram superiores os olhares e com estes também os vazios. A magia dos significados se acabam quando a realidade cobra por resultados, um coração agora nada mais é que um cérebro racional. Uma esperança já não passa de algo limitado e sem motivos para  permanecer. No entanto, o universo conspira, e nele o pousar das esperanças ultrapassam as esperas.

fatima oliveira                                                                                                                                                                                março 2011

terça-feira, 8 de março de 2011

"MULHER, MULHER..."



Somos labirintos, mas oferecemos saidas;
Conhecemos intimamente as dores, por isso não nos assusta o AMOR.
Contrastamos preceitos, mas no fim justificamos tudo em nome desse mesmo AMOR.
A vida, nós explicamos por atos e conceitos filosóficos, mas ninguém consegue ser mais realista...
Mães por natureza e amantes por escolhas...
Desenho feminino de um Deus sensível que consegue caracterizar uma espécie juntando todas as Peculiaridades opostas de forma a adoçar o mundo na medida certa.
Ensinamos o choro de felicidade, o amor incondicional, a paciência desmedida e a significar a morte...
Somos sujeitos simples, nos basta ser mulher...




fátima oliveira                                                                                                                                                                                março 2011

sábado, 5 de março de 2011

Alma mendiga!



Os mendigos saem do mundo do conseguirei e passam para o mundo do silencioso provável, se entregam às carências da alma para depois carecer das penas, mendigam antes por piedade e só depois por pão, sombras e vestes. A maior falta, a grandiosa pobreza da humanidade  nunca foi  só comida. Não é extraordinário falar de caridade, nem muito menos de amor, porém a miséria ainda não deu espaço para tais sentimentos, somos eternos mendigos de salvação, a todo tempo estendemos a nossa mão e nem assim! Suplicamos, choramos e nada! E o tempo cada vez mais nos faz querer, carecer, suplicar. Ao tempo já não resta mais tempo para amar, são tantas possibilidades visivelmente facéis, como parar na busca pelo que não se ver, pelo que não é técnico? Já é até vergonhoso admiti-se amando, afinal ninguém mais é bobo o suficiente para "isso"...  há mais o que fazer! E por enquanto resultamos nisso aqui que somos, eternos apaixonáveis, mas disfarçados empresários e contadores do que é real, porém mendigos de amores. Só damos aquilo que temos ou só temos aquilo que damos?


                    fátima oliveira                                                                                                                                                                     março 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

Lambujem



O beijo de despedida rápida e o sorriso sucessor dos nossos passos...   

Os olhares são substituidos por  caricias mais aconchegantes e até lagrimejada quando ultimas, porém os passos e os olhares foram de um até logo, sem  retorno.  

O tão atormentante  beijo foi amargamente inesquecivel e o abraço ainda foi visivelmente notado, porém não compreendido e só por isso apenas feliz...
  
Abraços doídos são os do adeus!
  
O ind´agora me traz dúvidas esperançosas de quem busca entender porque momentos assim cegam-nos dos detalhes que fazem raridades.
 
É perceptivel  a impossibilidade de melhoria ou até de continuidade de algo que contempla, completa, preenche.
  
Por falta do hábito de ser feliz momentos radiantes se perdem por entre os passos de quem desespera a felicidade  ansiosamente...

         fátima oliveira                                                                                                                                                                                       março 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

SÓ E ...


...  SEM INSPIRAÇÕES

Tenho solidão que meu coração não revela, mas que em meu olhar se manifesta, porém meu espelho não me reflete clarezas sobre mim, disfarço as dores e elas continuam forçosamente me enganando sobre uma felicidade que mais parece um cristal em estilhaços. Não saberei lidar com algo que trapaceia minhas certezas, engana minhas dúvidas e endoidece meus pensamentos aponto de me deixar sem amar e mesmo assim suplicar por ser amada incondicionalmente, amores que não me façam fugir, desfarçar, trapacear. A minha solidão é como uma inimiga que se faz necessária, preciso de algo que não me seja bastante pra ser feliz. A vida sobrevive das mortes diárias, renasce das destruições constantes, reações me trazem cada vez mais dúvidas, porém amores. Sou como as noites só existo por que algo esconde seu brilho para que eu apareça, e assim sou sempre ofuscada pelas voltas, despertares, no entanto em meus momentos construo sonhos, propocionando a quietude que o dia não traz, e assim no ponto de vista de quem adormeço o pesadelo também é uma opção.

fátima oliveira                                                                                                                                                         março 2011