segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Por amor as misérias de quem amo!

                 
                            

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 Na palavra de exaltação se esconde um inimigo chamado ego, ser gente é mais que ser reconhecido como “célebre humano” é cativante viver a beleza de uma relação, seja afetiva ou efetiva, sem a desventura dos elogios, mesmo quando sabemos que são sinceros, e, é principalmente por isso que deveríamos julgá-los desnecessários, afinal o que importa ouvir o que já se sabe? Assim como elogiar também é uma forma de não amar, este deve ser desvendado no ato que nos capacita o perdão é por trás de uma falha que se mostra o quão são grandes os motivos para os elogios e não o contrário como todos fazem. (Assassino o que sinto toda às vezes que mostro de forma desnecessária a exaltação que há em suas qualidades,) como me pesará quando eu tiver que provar? E se não for o suficiente pra o perdão essas virtudes? sou um ser capaz de perdoar, mas como me pesará provar que sou! Prefiro não ameaçar, assim eu também terei o prazer de me surpreender com minha capacidade de amar também as misérias de quem amo.

Fátima oliveira-novembro de 2010.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

                             



Estou a ponto de um paradoxo simplificado e complexo. Se entre todos os que se designaram estar, nada os fez conquistarem a permanência, talvez sejas o próprio meio fio da estabilidade instantânea e o ligamento de realidades opostas, que mesmo não sendo a mesma pedra, na unidade compõe a mesma estrada, fazendo compartilhamento entre o singelo e o rude, assim se eterniza a relação secreta e paradoxal que na consciência não passa de uma real coincidência do acaso, como aqueles que nunca se viram de verdade e que dizem se conhecerem a muito tempo.

fatima oliveira                                                 novembro 2010

As variáveis da filosofia!



                                      



A= amor

V=vida

F=fé

Sou dona de um produto A, que tenho insistido em somar e multiplicar com o produto V, a cada tentativa, vejo dividida a duvida de suas existências, no entanto,ao reduzir essas certezas de que A e V se pertencem, vejo reduzir também um terceiro produto, F. tenho notado que todas às vezes, na soma de F+A o produto V se multiplica, na mesma intensidade que diminui conforme não o divido com A e F. cheguei a uma conclusão que os demais produtos excluem um dos fatores operacionais, já que as porcentagens de um nunca serão proporcionais aos outros se não houver suas divisões.


fatima oliveira novembro 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

SEM TITULO.



Procuro por um papel em branco para rabiscar sobre uma historia que nem sei se deve ser escrita, procuro ainda personagens que representem um sonho que jamais chegará à dimensão da minha realidade, e busco, sobre tudo, uma borracha capaz de um dia apagar tudo o que me fez ou me fizer desistir, assim quando o livro estiver “acabado” só me restará uma certeza, nada jamais se comparará a minha capacidade de “amar pelo não amar” como quem acredita valer a pena sentir e acreditar que um dia não deve transbordar as vinte e quatro horas...  Porque a maldição de uma ilusão não é maior que uma companhia que nunca fica, nunca supri, nunca está e que, por isso sempre se busca... A humanidade, assim como eu, já deveria ter abolido tudo que representa querer ser amado, devia já ter dado o braço a torcer que enquanto se perde tempo buscando um amor que não será jamais o suficiente para lhe fazer feliz, devia está oferecendo um sorriso pra aqueles que nunca te olharam na cara, distribuindo abraços pra aqueles que nem podem abrir mais os braços pra te devolver o mesmo abraço, devíamos ainda, abolir essa idéia absurda de que precisamos ser suficientemente capaz de mudar a vida do outro, sendo folha nova onde deverão escrever sua historia, é preciso saber que a reescrita a partir de outra pessoa será rabisco alheio, somos historias inacabadas, mas escritas com autonomia, ou rabiscos prontos, mas alheio a principal personagem, nós? Se a vida é encanto porque se é amado, eu ainda não fui ou ainda não enxerguei a graça.

Fátima oliveira.
OUTUBRO 2010

sábado, 6 de novembro de 2010

Sofrer pelo o que vale a pena - Pe. Fábio de Melo



Já não falo mais de amor!


Estou me despedindo do que resta de uma fase inútil e imprópria a quem busca valores maiores que sonhos, uma realidade singela, mas sangrenta, rebelde e, além disso, insensata, vou para um violento inferno real, denominado mundo louco, mas como disse real, por um tempo perder-me-ei dessa melancolia doentia, porém que me trouxe certezas tão concretas como um amor que nunca se concretizou, mas que, no entanto foi o maior que já defendi e, é ele que ainda me motiva também o enfrentamento com coragem a uma saída ou fugida covarde, vou nascer dinovo, só que agora eu verei, terei que aprender dinovo a andar, a cair, a amar, mais levarei outra certeza, meu ser e meu desiludir com relação aos sonhos, hoje não faço uma grande despedida, faço apenas um bucólico relato de certa mudança de comportamento, com relação aos meus sentidos, já não ajudo com meus desencantos, já não falo mais de amor com promoção, já não espero por nada com relação a isso, então estou convicta de que perdi o foco, pra isso eu já não sirvo mais, vou sair, tirar meu time de campo, e aceitar que “o fim justifica os meios”.




Fátima oliveira novembro de 2010.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

E VIRCE E VERSA!!

Perguntam-se os poetas, e se pergunta aos poetas; e quando tudo parecer feliz, e, quando a benção dos resultados se manifestarem, acabariam os textos e/ou, pelo menos, mudariam os contextos, as características de suas inspirações? Mais os próprios não respondem certas perguntas, por isso, a continuidade. Me pego por vezes a sentir tanta felicidade que me faz querer em meio à radiante e sorridente realidade exaltar o quanto existir vale à pena, foram várias as vezes que já provei em citações momentos assim e, foram raras, também, às vezes em que essa felicidade foi percebida, ou que eu a notei em algum “comentário”, porém não me importo com isso, porque todos os comentários que exaltaram a melancolia de um texto trazem por entrelinha uma felicidade que eu também, nem sempre tive a capacidade de perceber, porém tenho em contato mais direto a maioria dos meus leitores e a grande maioria são poetas que por traz de suas palavras e histórias de vida, conhecem como ninguém o sentido da felicidade, pois é com cada um que confirmo aos meus dias que só sabe ser feliz aquele que é sábio para reconhecer que até mesmo a alegria, (ou principalmente), tem seus limites, e que ser feliz é para quem sabe ser, por isso “a poesia nossa de cada dia”, retrata nada mais do que uma felicidade limitada, e não a idéia de uma extrema e desproporcional, essa é para quem é, e pretende ser “infeliz”. Nunca pararemos de escrever, porque não lamentamos e nem esperamos melhorias, já é bom! Mas se houver outra explicação pra transformar a vida em poesia eu não quero conhecer.

fátima oliveira                                                                                outubro de 2010.